A população de
Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó, denunciou à caça a cães instituída pelo
prefeito Marcelo Pamplona (PT). Segundo os moradores, a prefeitura, no último
dia 28-5-13, pagou pela caça de cães e cadelas, e os animais apreendidos teriam sido
mortos.
O prefeito reconhece que fez a
captura dos cães, mas nega que tenha matado os animais: segundo ele, os bichos
foram levados para a zona rual do município, já que estariam causando a
proliferação de doenças na cidade.
Vídeos registraram cães sendo laçados
por crianças e levados até canoas, onde foram amontoados no porão da
embarcação. Amarrados, os animais aparecem com diversos ferimentos. As imagens
mostram ainda vários animais mortos abandonados no rio da cidade.
A Delegacia de Meio Ambiente (Dema),
da Polícia Civil, abriu inquérito, na terça-feira (4-6-13), para apurar o caso. Na
quinta-feira (6-6-13), uma equipe da delegacia chegou a Santa Cruz do Arari para
apurar as denúncias sobre o caso.
O Ministério Público Estadual (MPE) também
instaurou inquérito civil para investigar as denúncias. No documento, assinado
pela promotora Jeanne Maria Farias de Oliveira, uma análise preliminar de
imagens onde os cães aparecem amarrados e alojados dentro de um barco, podem
configurar crueldade com animais, conduta passível de responsabilização civil e
criminal.
Fonte: G!
Artistas protestam contra extermínio de cães no
Para.
Artistas como o casal Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank participaram de
um protesto realizado em Belém, no Pará, neste domingo (9-6-13), contra extermínio
de cães na cidade de Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó. Também esteve na
manifestação a atriz Fiorella Mattheis.
Em seu Instagram, Ewbank registrou o protesto publicando fotos e
escrevendo mensagens de indignação. “Já estamos aqui em Belém na passeata
lutando pelos animais de Santa Cruz do Arari!! Assine você também a petição em
www.peticaopublica.com br e nos ajude a lutar por essa causa!!!
#pamplonaassassino #pará #justiça #crueldadenuncamais #luto”, postou a atriz.
Após caca de
cães, prefeito de Santa Cruz do Arari exonera secretário de transportes.
Cães foram amarrados a
embarcações que seriam da prefeitura. (Foto: Reprodução/ Aragonei Bandeira)
O prefeito de Santa Cruz do Arari, na região do
Marajó, no Pará, exonerou o secretário de transportes do município, Luiz
Beltrão, do cargo. De acordo com o prefeito Marcelo Pamplona (PT), o
afastamento ocorreu porque Beltrão teria permitido, sem a autorização da
prefeitura, o uso de uma embarcação municipal durante a captura de cachorros no
último dia 28-5-13. Moradores da cidade registraram em vídeo animais sofrendo
maus-tratos e até mesmo mortos.
O afastamento de Beltrão ocorreu na última
quinta-feira (6-6-13), via telefone. “Eu estava em Belém, mas liguei para a
prefeitura e solicitei o afastamento imediato dele, porque vi nas imagens um
barco da prefeitura sendo usado para enviar os cachorros para fora da cidade”, relatou
Pamplona neste sábado (8-6-13). O prefeito alegou ainda que estava fora da cidade no
dia que ocorreu a caça aos animais. “O que houve foi uma solicitação do povo.
Eu nem estava na cidade. Mas ele [Beltrão] participou da ação, e ajudou a tirar
os cachorros, junto com outros cidadãos”, afirmou.
No último dia 4, Pamplona admitiu que ordenou a
caça aos cães, mas negou a morte dos animais. Segundo o prefeito, a medida
sanitária se deu porque a superpopulação de animais de rua estava provocando
sujeira na cidade e transmitindo doenças a moradores.
Neste sábado (8-6-13), Marcelo Pamplona declarou que
voltou ao município de Santa Cruz do Arari e realizou uma reunião junto à
comunidade. “Pessoas que estão perdendo a visão devido a doenças transmitidas
por cachorros, e outras que foram atacadas por animais na rua se pronunciaram à
favor de mim. Santa Cruz é um município de miséria e abandonado pelo governo.
Temos um IDH baixíssimo. E não é só aqui, mas toda a região do Marajó que sofre
com a pobreza e o esquecimento”, declarou.
Ainda segundo Pamplona, na segunda-feira (10-6-13), será
aberta uma sindicância para apurar os responsáveis pelo caso. O Ministério
Público do Estado está em Santa Cruz para a investigação, junto com a Delegacia
de Meio Ambiente (Dema), que abriu inquérito sobre o caso.