Câncer ou neoplasia maligna, na
verdade, não é uma só doença, pois define a presença de tumor maligno e são
vários os tipos de tumores dessa natureza. Os cães e gatos também podem
desenvolver a doença. Observa-se que, com o aumento da expectativa de vida
dessas espécies, a incidência de neoplasias malignas tem aumentado.
Quais os tipos de tumores malignos mais comuns em
cães e gatos?
Os tumores malignos de pele
(carcinomas cutâneos) estão entre os cânceres mais comuns, principalmente em
cães e gatos mais idosos. São mais comuns nos animais de pela muito clara, com
pouca pigmentação e mais freqüente em felinos que em cães. A área mais afetada
costuma ser a face. Os sarcomas (tumores malignos provenientes do tecido muscular,
adiposo e ósseo) são também de incidência relativamente alta. No Brasil, são
mais freqüentes em cães que em gatos. Os tumores de origem ligada à formação de
células sanguíneas (tecido hematopoiético), também acometem tanto cães como
gatos, sendo mais comuns as leucemias e os linfomas. São comuns nos gatos
infectados pelo vírus da leucemia felina (FeLV). Dentre os tumores menos
freqüentes, encontramos os tumores do sistema nervoso.
Os animais com câncer devem ser sacrificados?
Existe tratamento?
Há tratamento e este pode ser de dois
tipos: paliativo ou curativo. O tratamento paliativo visa minorar o sofrimento
do animal, quando não perspectiva de cura. Visa aliviar a dor, corrigir
disfunções que comprometam a qualidade de vida do bichinho. Pode envolver
também cirurgias, no caso de obstruções de qualquer natureza ou dor intensa. A
eutanásia é recomendada nos casos em que o tratamento paliativo não consegue
minorar o sofrimento do animal e este tem a sua qualidade de vida comprometida,
mesmo com os cuidados médico-veterinários. O tratamento curativo pode envolver
cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia.
A cirurgia pode curar o animal?
A cirurgia, quando possível é o melhor
tratamento e oferece maior índice de cura (com exceção para as doenças do sistema
hematopoiético). Esta deve, não só remover o tumor maligno, mas também o
tecido aparentemente são em volta deste, inclusive os gânglios linfátic0s
próximos à lesão. Infelizmente, muitas das cirurgias para tratamento do câncer
são mutilantes.
Quando é indicada a quimioterapia?
É indicada nos casos de leucemias e
linfomas. Pode também ser utilizada como tratamento combinado com a cirurgia,
principalmente para certos tumores com tendência a gerar metástases, como, por
exemplo, melanoma, sarcoma, etc… Esse tratamento pode ser através de medicações
injetáveis ou orais e necessitam de muitos cuidados, como hidratação do animal
antes de cada sessão pois, como as drogas são muito agressivas e tóxicas,
proporcionam muitos efeitos colaterais que podem ser minimizados através da
hidratação cuidadosa.
Os animais perdem pelos com a quimioterapia?
Em geral, não se observam efeitos
colaterais tão intensos no cães e gatos, como nos humanos, pois, nos humanos,
se deseja a cura a qualquer custo, enquanto que, no animal, o alívio do
sofrimento e o aumento da sobrevida tem também um significado importante e,
portanto, doses manores e drogas menos agressivas são utilizadas. Quanto à
queda de pelos (alopecia), em geral, ocorre em áreas localizadas e algumas
raças são mais afetadas que outras, como, por exemplo, o Cocker Spaniel. Outros
efeitos colaterais gerais são observados como vômitos, diarréia, falta de
apetite, perda de peso. Alguns podem ser aliviados com uso de medicações.
Alguns efeitos colaterais mais sérios devem ser observados como alterações no
músculo do coração ou nos rins e são específicos da utilização de determinadass
drogas – cisplatina e doxorrubicina.
Há outros tipos de tratamento?
Há uma técnica denominada crioterapia que consiste no
congelamento de determinadas células neoplásicas, causando a sua morte. Não é
indicada para todos os tipos de tumores malignos, podendo ser utilizada em
pequenas lesões de pele ou nas mucosas.
Deve-se sempre levar em conta a
importância do diagnóstico precoce. A cura depende do início precoce do
tratamento. Leve sempre o seu animalzinho ao veterinário, pois, mesmo pequenas
lesões, nódulos, ferimentos que não cicatrizam, devem ser biopsiados com
brevidade. A biópsia é o único método de diagnóstico seguro. Desse procedimento
simples pode depender a cura do seu grande amigo!
Fonte: grandesamigospetshopsalvador
grandesamigospetshopsalvador
Nenhum comentário:
Postar um comentário