O toureiro David Mora em
tourada em San Isidro dia 10 de maio de 2013, em Madri. (Foto: Agência Efe)
Diversas organizações de defesa dos direitos animais
recusaram a proposta de uma comissão no Parlamento da Espanha, de proteger a
tourada declarando-a um bem de interesse cultural. As informações são do jornal
Los Tiempos.
“Ao apoiar e proteger o passatempo cruel e ultrapassado
das touradas, o Governo espanhol corre o risco de manchar sua reputação e
deixar um terrível legado para as gerações futuras. O tormento e a morte de
animais por meio da diversão, ou por razões culturais, não podem ser aceitos e
muito menos protegidos,” diz Ricardo Jiménez, gerente de comunicações da
Sociedade Mundial para a Proteção Animal (WSPA).
É assegurado ainda que as corridas de touros são um
espetáculo já em declínio. A proteção como bem de interesse cultural não apenas
poderia provocar que fundos públicos fossem utilizados para apoiar esta
indústria cruel, como também faria com que algumas das proibições regionais às
touradas, que já existem em regiões autônomas como Catalunha, fossem
revertidas, e inclusive poderia haver mudanças na educação, fazendo com que
sejam vistas de maneiras positivas pelas crianças.
A tourada é, a grosso modo, uma luta com touros, tradição
que existe sobretudo na Espanha para seus mais fiéis seguidores, ainda que
vários países do mundo, como México, Colombia, Venezuela, Cota Rica, Equador,
Venezuela e inclusive a China e a Índia a praticam.
A forma mais comum da tourada é a roda, que se pratica em
várias regiões da Espanha. A tourada se caracteriza pelo uso de ferramentas
afiadas como espadas e lanças para derrotar um touro de maneira agonizante em
um espaço público.
Existe a “Lidia”, outra modalidade para tourada,
conhecida como a prática do toureiro em uma roda. Esta também já foi rejeitada
por várias comunidades de proteção de animais, que solicitaram a proibição da
mesma por se tratar de uma “mostra” da crueldade humana.
Na região espanhola de Catalunha está aprovada a
proibição de touradas desde o ano de 2012.
Por último, uma pesquisa recente, realizada por Ipsos
MORI para a Sociedade Humanitária Internacional, revela que a maior parte dos
espanhóis não aprovam a utilização de fundos públicos para a realização de
touradas e ainda revela que ¾ desta população pesquisada não assistem a
uma tourada já há uns cinco anos.
Fonte: ANDA
Fonte: ANDA
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