Investigações
da Polícia Federal descobriram que funcionários do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Alagoas estariam
desviando animais silvestres do Centro de Triagem (CETAS), para serem
comercializados no mercado irregular.
Animais
serão devolvidos para sede do Ibama.
(Foto: Divulgação/Ascom Ibama)
A PF
deflagrou uma operação, na manhã desta quarta-feira (11-12-13), para cumprir
cinco mandados de condução coercitiva e seis de busca e apreensão na região de
Maceió.
Segundo a
PF, a quadrilha contava com a participação de prestadores de serviço
(tratadores e vigilantes) e de um ex-estagiário do órgão federal. As
investigações iniciaram a partir de informação do Ibama, que deu apoio a
Operação Eleutheros, deflagrada esta manhã. Informações indicaram que o grupo
agia de duas maneiras: apropriando-se e retirando os animais do CETAS sem
conhecimento e autorização do órgão e simulando solturas.
A PF
informou que identificou uma situação em que foi lançada no sistema de controle
do CETAS a liberação de 11 animais à natureza, entre jiboias, iguanas, graúnas
e xexéus, mas somente dois foram de fato libertados. Os demais teriam sido
desviados. As graúnas e xexéus são espécies com considerável interesse comercial
por sua capacidade de canto.
De acordo
com a PF, os investigados serão indiciados por peculato, crime de desvio de
dinheiro ou bens por funcionário público; guarda ilegal de animais silvestres e
inserção de dados falsos em sistema de informação.
Centro de
Triagem
O CETAS
do Ibama em Alagoas é considerado referência no país. Muitos dos animais chegam
debilitados ao centro, alguns são trazidos por operações do Batalhão de Polícia
Ambiental (BPA), outros, pela própria população.
Todas as
espécies que chegam ao Ibama são levadas para uma sala de triagem onde são
examinadas por um veterinário que determina suas condições. Se o animal estiver
saudável, é devolvido à natureza, senão fica em quarentena onde recebe
tratamento, podendo ficar meses em observação em uma das sete áreas do centro.
Fonte: G1
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