O prefeito de Piracicaba, interior de São Paulo, Gabriel Ferrato, autorizou
na manhã desta quinta-feira (20/02/14) a compra de 1.600 microchips para o Canil
Municipal. No mesmo período do ano passado o município adquiriu mil unidades. O
microchip é uma forma segura de identificar os animais doados pelo canil,
cadastrando seus proprietários para que em casos de fuga, abandono ou maus
tratos os cuidadores possam ser contatados e, alguns casos, enquadrados na lei
municipal que proíbe maus-tratos e crueldade contra animais. A multa para o
abandono de animais tem o valor de R$ 317,85, mas a essa quantia podem ser
acrescidos outros valores maiores conforme a situação/condição em que o animal
foi abandonado.
A compra dos microchips faz parte do projeto "Adote um Amigo" que
visa à adoção consciente preservando os direitos dos animais e seus cuidadores.
A chipagem acontece desde 2008 e até agora aproximadamente 5 mil animais, entre
cães e gatos, receberam este tipo de identificação. Todos animais doados pelo
Canil, seja em sua sede ou em campanhas do adoção, recebem o microchip.
O microchip nos animais facilita o trabalho dos agentes do CCZ, principalmente
em questão da punição em casos de abandono. “Já tiveram casos em que animais
doados pelo Canil foram abandonados. Através do microchip o Canil recolheu,
identificou quem havia adotado e o responsável foi punido no cumprimento das
leis contra o abandono”, explica a coordenadora do CCZ (Centro de Controle de
Zoonoses), Eliane de Carvalho. Em 2013, foram aplicadas 21 multas por abandono
de animais e dois este ano. Os meses de janeiro e dezembro são os que mais
ocorrem abandonos, especialmente em virtude das férias escolares.
Cada microchip a ser implantado vem acompanhado de uma agulha de injeção
estéril e descartável. Já o aplicador tem a forma e o mecanismo de uma seringa.
Os aplicadores podem ser descartáveis ou reutilizáveis, e a maior parte dos
procedimentos é realizada sem anestesia geral, pois não há necessidade diante
da rapidez do processo e do pequeno tamanho do chip, comparável a um grão de
arroz.
O leitor de microchip é semelhante a uma calculadora. Faz a verificação do
código contido no microchip por um dispositivo de varredura (scanner). Seu
mecanismo é a emissão de sinal de rádio de baixa freqüência que mostra o código
contido no microchip, que é exibido no visor do equipamento. A Prefeitura,
clínicas veterinárias e estabelecimentos que comercializam animais, possuem
esses leitores, o que aumenta a possibilidade de identificação de animais
perdidos.
Texto e fotografia: Prefeitura
Municipal de Piracicaba