“A pele está viva” é uma linha de joalheria conceitual que diz analisar
a exploração dos animais na moda. “Capturam a beleza da natureza e permitem ao
usuário ser único e diferente”, justifica a designer Cecilia Valentin. Na
verdade esta é mais uma forma de exploração e maus-tratos aos animais.
Foto: Divulgação
Ao longo de várias gerações temos
visto inúmeras criações, cores e texturas transformadas em novas tendências
dentro do mundo da moda. Atualmente se fala de uma reciclagem de estilos de
décadas passadas, mas alguma vez você ouviu algo sobre usar animais em
acessórios? Pois agora chega a designer Cecilia Valentin com a sua última
criação, intitulada “Fur is Alive”.
Para Cecilia, que se descreve como
uma pessoa em busca de soluções simples para os problemas, isto é algo que a
desafia e motiva.
Foto: Divulgação
A designer explica que “Fur is Alive”
é uma linha de joalheria conceitual que analisa a exploração dos animais na
moda. As peças, que ela garante não serem destinadas ao uso, incorporam os
animais vivos em uma tentativa de aproveitar a verdadeira beleza das formas naturais
de maneira a expor a crua realidade da indústria de peles, que continua sendo
amplamente aceita apesar de anos de controvérsia.
Cecilia acrescenta ainda que a sua
coleção pretende manter os animais vivos e não assassiná-los como é habitual
para o consumo de carne ou pelo “bem” do design e da criação de roupas, já que
as pessoas tendem a desvincular o fato de que as peles já foram de um ser vivo,
o que termina por ser um auto-engano.
Tratando-se de uma comunicação visual
sobre a questão da morte na moda, a designer não explicou o impacto causado aos
animais aprisionados em suas peças, como é o caso do passarinho, engaiolado em
um minúsculo recinto em forma de ovo e de um hamster preso em um pequeno tubo.
Todos eles passam por um grande stress ao estarem nestas condições,
considerando ainda que são levados a exposições e festas privadas para a
apresentação desta coleção. Como ela pode dizer que pretende ajudar os animais?
O uso de animais vivos em acessórios
não é novidade e virou moda entre os asiáticos há pelo menos 3 anos. Os animais
são aprisionados em pequenas bolsas plásticas e são considerados “amuletos da
sorte” pelos seus apreciadores. São peixes, tartarugas e salamandras condenados
à morte em poucos dias.
Há o exemplo de um outro caso, em que
um cachorro doente ficou preso em um canto de uma galeria, sem acesso a
alimentação e cuidados veterinários, e morreu em nome da “arte” de Guillermo
Habacuc. A principal intenção do autor também foi tornar o animal o foco da
atenção em um local onde esperava-se ver arte, sem se preocupar seu bem-estar e
com sua vida.
Fonte: ANDA
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