Eles são uns fofos (alguns), fazem a maior companhia – uma sujeira danada, é
verdade – e merecem toda a atenção e carinho de quem os cria. Pois bem,
pensando no “melhor amigo do homem”, a novidade agora entre incorporadoras e
grandes condomínios – a maioria tipo clube – é destinar uma área reservada para
cachorros.
Os chamados “pipi-caca-dog” ou “pet play”, na opinião do arquiteto Antônio
Caramelo, é “uma grande sacada”, tendo em vista o número de animais que existem
no país. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para
Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil ocupa o segundo lugar em número de
bichos de estimação, com aproximadamente 37 milhões de cães e 21 milhões de
gatos.
“E os tutores deles estão dispostos a pagar pelo conforto dos seus melhores
amigos. Aqui na Bahia o pet play ainda é novidade, mas acredito que é uma
tendência que veio para ficar”.
Caramelo destaca que o item é ainda uma questão de segurança, já que morador
não precisa sair do edifício onde mora com o animal. “Eles podem passear e
brincar com seus animais com maior comodidade, segurança e conforto”, afirma o
arquiteto.
Sem estresse
Gerente-geral do Le Parc Residential Resort, na avenida Paralela –
condomínio com 18 torres, 1.138 unidades e cerca de 200 animais cadastrados –
Cristiano Muller acredita que, diariamente, uma média de 60 cachorros devam
utilizar o espaço, com 30 m².
“Lá tem areia, grama, brinquedo, obstáculo. É bom, pois possibilita que o
animal se solte, gaste energia, não fique estressado dentro do apartamento”.
De acordo com a gerente comercial da Via Célere, Sabrina Mota, com 17 m², o
“pet play” do Première Jaguaribe – entrega este mês – prevê túnel (com 280 cm
de comprimento) e pneu com regulagem de altura.
“O espaço vai ficar ao lado do parque infantil, o que deve permitir uma
maior interação dos animais com as crianças”, diz.
Administradora do Elegance Garibaldi Condomínio Clube – quatro torres, 31
pavimentos, cada) -, Elane Santos conta que para fazer a manutenção do local,
pelo menos uma vez ao dia, “um funcionário o lava com água, sabão e vassoura”.
“Também realizamos desinsetização periódica e o combinado é que cada morador
recolha os dejetos do seu animal. A aceitação do espaço aqui é muito grande”,
conta Elane.
Com 80% das obras concluídas, o empreendimento Morada das Águas, em
Buraquinho (Lauro de Freitas), vai contar com nada menos que cinco “cantinhos
do melhor amigo”, como foi intitulada a área.
Uma para cada torre, como explica Francisco Emílio, sócio-diretor da MFP
Construtora. “As pessoas estão cada vez mais isoladas, solitárias e o cachorro
faz uma grande companhia. É uma ideia e tanto”, diz Emílio.
Cuidados com o espaço para os animais
Segurança e comodidade
Com “pet play” ou “pipi caca dog”, o morador não precisa sair do edifício
onde mora para passear com o animal de estimação
Saúde do animal
Segundo o administrador do Le Parc, Cristiano Muller, a área possibilita que
o bicho “se solte, gaste energia e não fique estressado dentro do apartamento”
Manutenção do local
A limpeza do local deve ser feita pelo menos uma vez ao dia, com água, sabão
e vassoura. Além disso, cada morador tem de recolher os dejetos do seu animal
Preocupação sanitária
Para uma melhor higiene do local, é necessário também realizar
desinsetização periódica, combatendo pulgas e carrapatos
Ser social
Segundo o médico veterinário Stéfano Lima, que trabalha com clínica
comportamental (ou zoopsiquiatria), cachorro é um ser social e precisa ser
estimulado, correr, ter contato com outros animais
Demanda
Segundo dados de uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de
Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil ocupa o segundo lugar em
número de bichos de estimação, com aproximadamente 37 milhões de cães e 21
milhões de gatos
Fonte:
A Tarde
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