Thais
Baratella com seus dois cãezinhos devidamente agasalhados para o frio (foto:
Silva Jr. / Especial)
Assim como
o ser humano, os animais domésticos sentem a mudança de temperatura com a
chegada do inverno e tendem a ficar com baixa imunidade. Nessa época, alguns
cuidados, roupas e abrigos passam a ser essenciais para evitar as doenças
típicas do frio.
“Cães e
gatos também sentem frio, uns mais outros menos, dependendo de suas adaptações
naturais, como pelos e camada de gordura. Precisam ser aquecidos, protegidos de
chuva e vento e vacinados”, ressalta a veterinária Nátalie Massaro, da Massaro
Estação Animal.
Uma das
primeiras mudanças na rotina deve ser a do banho. “A água morna ajuda a manter
a temperatura corpórea ideal, evitando que o organismo do animal tenha que
modificar suas funções basais para que ela seja atingida”, explica Nátalie.
Após o banho, use um secador em temperatura morna também, para que o
animalzinho não sinta frio, adoeça ou tenha uma dermatite por conta da demora
em secar naturalmente.
As roupas
ajudam a aquecer, mas é preciso ter sensibilidade para identificar os sinais
que a reação dos animais emitem. “Tem que analisar cada animal e como ele se
comporta em relação ao frio. Os que ficam mais encolhidos nesses dias se
beneficiarão de acessórios de frio. Outros, no entanto, demonstram não se
importar com a queda da temperatura e podem até se sentir incomodados com as
roupinhas”, alerta a veterinária.
Para
descobrir se seu animal está aquecido vale observar se ele está buscando locais
quentes e sem vento ou as extremidades (orelhas e patas) estão frias. “Essas
regiões frias indicam que houve vasoconstrição periférica para manter a
temperatura corpórea ideal e garantir as reações metabólicas fundamentais para
a vida. Revela que o corpo está de alguma forma se modificando para manter o
organismo funcionando na temperatura ambiente”, detalha Nátalie.
A dieta
também deve ser alterada nessa época, já que, para manter o corpo aquecido, o
animal gasta maior quantidade de energia, que provém dos alimentos. Mas somente
se ele não tiver problema ou tendência à obesidade. “Para animais magros, pode
aumentar a quantidade de alimento a ser oferecida em 20% a 30%”, ensina.
Abrigo
E cuidar
do abrigo do seu animal doméstico vai garantir conforto. Mesmo aqueles
acostumados a dormir direto no chão devem ter algum tipo de proteção do frio.
“O ideal é deixar disponíveis camas, cobertas, tapetes e panos no chão, para
aqueles que não gostam de cama. Já para os que costumam destruir panos, a
solução é colocar tablados de madeira, papelão ou mesmo tapetes de borracha no
chão, para isolar o frio”, explica a veterinária.
Mas nem
pense em usar aquecedores. Eles ressecam o ambiente, o que também causa
prejuízos aos animais.
Filhotes
e idosos requerem atenção
Fique
atento aos filhotes e animais idosos, pois são os que mais sofrem com a queda
na temperatura. “Os filhotes ainda são imaturos em relação ao controle da
temperatura corpórea. Já os animais idosos sentem mais dores, porque possuem a
musculatura mais atrofiada e o corpo já não é mais tão eficiente no controle da
temperatura corporal”, explica Nátalie.
Segundo
ela, outro fator importante nos idosos é a alta incidência de artrose nessa
faixa etária, que no frio tem dores intensificadas.
“Isso
ocorre devido à contração muscular e à diminuição no fluxo sanguíneo por
constrição vascular, que ocorre com à baixa temperatura”, explica.
Fonte:Jornal A Cidade
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