Lou Lou no recinto
dos gorilas
A gravidez de Lou Lou foi constatada quando tratadores e biólogos da seção de mamíferos do zoológico observaram comportamento incomum na gorila. Segundo o médico veterinário e diretor do jardim zoológico da capital mineira Carlyle Mendes Coelho, ela ficou mais quieta e sonolenta. Apesar de se alimentar bem, rejeitou alimentos que normalmente apreciava, como sucos e verduras, e teve alterações na regularidade do ciclo estral (cio).
Teste de gravidez de gente
Segundo o zoológico, a gravidez foi confirmada por meio de um teste de gravidez convencional para mulheres humanas. "Nós estamos falando de primatas. Nós somos primatas também. Então o teste foi bastante adequado para a situação e bem claro quanto ao resultado", explicou bióloga Valéria Pereira.Segundo ela, as similaridades biológicas entre humanos e gorilas (Há 95 a 99% de coincidência genética entre as duas espécies) garantiriam o uso seguro desse tipo de teste. Valéria afirmou também que o teste foi usado apenas na fêmea Lou Lou, e não em outras espécies de primatas do zoo.
Uma alternativa para a detecção de gravidez seria aplicar exame de sangue. Mas, neste caso, seria necessário sedar o animal. "É normal fazer esse teste por ser o mais fácil. Não justificaria anestesiar um bicho daquele tamanho apenas para coletar sangue", afirmou a bióloga. Mesmo após a confirmação da gravidez, os técnicos do zoológico irão repetir o teste para fins de monitoramento e continuarão observando o comportamento da fêmea.
A gorila Lou Lou chegou à capital mineira na companhia Leon, um gorila macho com 14 anos de idade oriundo de um zoo da Espanha. A vinda do casal foi feita na tentativa de formar um grupo reprodutivo da espécie. Lou Lou e Leon se juntaram à fêmea Imbi, que estava sozinha desde março do ano passado, época em que perdeu a companheira Kifta. Kifta morreu por complicações decorrentes de edema pulmonar agudo e infecção intestinal.
A história de Amin
A reprodução em cativeiro é tentada há vários anos pelos administradores do zoo. Tudo começou em 1975, quando o gorila Idi Amin, de 2 anos de idade, partiu de um zoológico francês em direção a Belo Horizonte. Ele veio junto com sua primeira companheira, Dada. Mas Dada morreu três anos depois, por conta de uma otite (inflamação no ouvido). O segundo "amor" de Amin foi relâmpago: durou apenas 14 dias. A fêmea Cleópatra, que veio de um zoo paulista em 1984, morreu logo após ser acometida de diarreia e desidratação.Em 2011, já no final da vida, Amin se deu um pouco melhor: teve duas companheiras ao mesmo tempo. As fêmeas Imbi e Kifta vieram da Inglaterra e formaram um grupo reprodutivo com ele. Só que o gorila, uma das principais atrações do zoológico de Belo Horizonte, sofria de insuficiência renal crônica associada a artrite degenerativa. Depois de viver quase três décadas sozinho no recinto criado para os gorilas, ele morreu de parada cardiorrespiratória em 2012. E não deixou descendentes.
Gorila
Imbi do Zoo de BH também está grávida As duas gorilas estão com aproximadamente
cinco meses de gestação e convivem juntas com o macho Leon.
Fonte: UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário