O número
de acidentes que envolvem veículos e animais no Anel Rodoviário da capital
subiu 34% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do
ano passado, segundo dados da Polícia Militar Rodoviária (PMRv). De janeiro a
junho de 2013, houve 59 ocorrências e 44 batidas no primeiro semestre de 2012.
Em todo o ano passado, foram registrados 93 acidentes com cavalos e outros
animais.
Houve
vítimas graves em pelo menos cinco dos acidentes deste ano, além de muitos
animais mortos. O sargento da PMRv Vitor Corleone Moreira explica que os
animais costumam ser deixados por seus tutores para pastar às margens da via,
principalmente na altura dos bairros Betânia, Califórnia e Carlos Prates e
próximo ao viaduto São Francisco.
Ele conta
que a presença dos animais na pista é diária e mais frequente à noite. “No
escuro, isso traz ainda mais perigo, porque há 23 trechos com iluminação ruim
no Anel Rodoviário. Um animal de cor escura fica invisível”, afirma Moreira.
“O
impacto entre um carro e um cavalo é semelhante ao choque frontal entre dois
veículos. Uma batida a 50 km/h é suficiente para matar”, disse. Segundo ele, na
hora do acidente, o dorso do animal costuma ser lançado no para-brisa do
veículo, matando o animal e atingindo motorista e passageiro.
Fiscalização
A PMRv
reclama da pouca fiscalização por parte da Prefeitura de Belo Horizonte e das
dificuldades que o Controle de Zoonoses – ligado à Secretaria Municipal de
Saúde – tem em recolher os animais. “Muitas vezes, chamamos a Zoonoses para
recolher (os animais), mas eles não têm caminhões disponíveis. Seriam
necessários, no mínimo, dois caminhões para o trabalho, mas só há dois”, disse
Moreira.
A
Secretaria Municipal de Saúde informou apenas que tem um caminhão adaptado para
resgate de animais de grande porte e que 22 foram recolhidos no primeiro
semestre deste ano.
A
Superintendência de Limpeza Urbana da capital (SLU) – que mantém projeto junto
aos carroceiros – informou, por nota, que os profissionais participam de
palestras sobre diversos temas, inclusive o abandono de animais nas rodovias.
“As orientações sobre questões relacionadas a trânsito são repassadas pela
BHTrans durante os encontros para o licenciamento das carroças. A fiscalização
não é feita pela SLU”, diz o texto.
Já a
Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) afirmou que as
questões de trânsito no Anel Rodoviário ficam a cargo das polícias.
Fonte: ANDA
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