Foto: Divulgação
A estiagem de meio de ano não chega a constituir novidade
para os mineiros, que até conseguiram se adaptar a ela e aos incômodos que
causa. Evitando fazer atividades que provocam maior desgaste físico entre as 10
horas da manhã e as três da tarde e nos lembrando de tomar água regularmente
para hidratar o organismo, até dá pra encarar o tempo seco numa boa.
O problema é que este ano a falta de chuvas está se
prolongando muito além do esperado e as consequências começam a se refletir em
nosso dia a dia. A falta de água nas torneiras, cada vez mais constante, é um
alerta de que, se não aprendermos a usar racionalmente este recurso natural,
podemos ser forçados a fazer a economia diária por um programa governamental de
racionamento, algo que ninguém deseja.
Foto: Divulgação
Se falta água em nossas torneiras é porque ela também
anda escassa nos rios, fontes e nascentes e os animais, por não encontrá-la em
seu habitat, invadem a área urbana das cidades na ânsia de matar a sede. Outro
fator que provoca a migração forçada de animais é a incidência de incêndios,
que aumentou assustadoramente nos últimos dias.
A informação é do comandante do Terceiro Pelotão do Corpo
de Bombeiros (com sede em Conselheiro Lafaiete), tenente Ronaldo Rosa de Lima.
“O corpo de Bombeiros atendeu mais de 85 ocorrências e houve um agravamento do
quadro durante o mês de setembro. Se não ocorrer um volume considerável de
chuva nos próximos dias e persistir o período de estiagem, a tendência é de
aumento das ocorrências de incêndios”, declarou o militar.
Recentemente, uma siriema, ave que emite um dos mais
melodiosos cantos a povoar nossas matas , foi flagrada em pleno centro de
Conselheiro Lafaiete. A ave foi capturada na rua Assis Andrade, próximo à
Câmara Municipal, e entregue aos cuidados da equipe do Centro de Controle de
Zoonoses (CCZ).
O tenente Ronaldo comentou o episódio, até pouco tempo
inusitado, que já está começando a ficar corriqueiro: “Infelizmente, quem sente
de maneira direta os efeitos nocivos das queimadas são nossa fauna e flora, mas
o ser humano também é afetado. Às vezes o dano ambiental é irreparável. Quando
se faz uma queimada assume-se o risco de eliminar diversas espécies animais,
desequilibrar o sistema ecológico. Os mais prejudicados são serpentes, animais
peçonhentos, macacos, pássaros e outros animais silvestres que, em busca de
alimentos, acabam indo para a cidade”.
É crime
O tenente Ronaldo reafirmou que provocar queimada é crime
inafiançável. Se você vir alguém ateando fogo à vegetação, acione a Polícia
Militar e o Corpo de Bombeiros para que sejam tomadas providências.
Fonte: Fator Real
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