Mais de 200
cães e gatos já foram mortos desde 2013.
Crimes aconteceram na cidade Rio Paranaíba e há boatos sobre suspeitos.
“Quando você
pensa que terminou, tudo começa novamente”, disse o zootecnista Miller Mendes ao se referir aos envenenamentos de animais ocorridos em Rio Paranaíba, na região do Alto Paranaíba. Somente nesta
quinta-feira (16), segundo ele, mais de
20 cães foram encontrados mortos. No ano passado, os envenenamentos na
cidade - de pouco mais de 11 mil
habitantes - ultrapassaram 200 casos.
A Polícia Civil investiga o fato e, até agora, ninguém foi preso. O G1 tentou
contato com o delegado responsável pelo caso e com o Secretário Municipal de
Meio Ambiente, mas eles não foram encontrados para falar sobre o assunto.
Os crimes começaram a ser registrados em maio do ano passado. O G1 acompanhou os casos e o tema gerou várias reportagens, sendo a última delas, em agosto, sobre a morte da cadela de rua mais famosa da cidade, conhecida por dois nomes: Princesa ou Soraia.
Os envenenamentos
cessaram no mesmo mês que a “cadela
famosa” morreu, mas depois de cinco
meses, a cidade voltou a amanhecer indignada. “Eu não consigo ver mais
tanta crueldade. Fui chamado por uma cliente hoje de manhã para atender um cão
envenenado e fiquei sabendo de tantos outros que foram encontrados mortos pelos
bairros da cidade. Várias carnes com ‘chumbinho’ estavam jogadas nas ruas”,
contou Miller Mendes.
O zootecnista ressaltou que chegou a fotografar alguns dos animais a fim de registrar a repulsa que sente ao ver uma cidade universitária que forma tantos profissionais e ao mesmo tempo mostra tanta falta de interesse em resolver um problema que já vem se alastrando por quase um ano. “Isso já virou uma vergonha. Quem está fazendo isso deve acreditar que matar os animais resolva algum tipo de problema. Na época do caos e das diversas mortes envolvendo cães e gatos, cheguei a ficar três meses sem trabalhar para me dedicar a salvar a vida deles. Na época atendi a mais de 600 animais, a maioria de rua. Nesta quinta, já recebi oito cachorros e confesso que fico com medo do que pode acontecer nos próximos dias”, afirmou o profissional.
Ainda segundo Miller, há boatos na cidade dizendo que um homem e uma mulher, em um carro prata e de vidros escuros, teriam jogado as carnes envenenadas nas ruas da cidade durante a madrugada. “Se há uma suspeita, deve ser investigada. O que eu e quase toda a cidade quer é que este mistério seja desvendado”, concluiu.
Indignação
O zootecnista ressaltou que chegou a fotografar alguns dos animais a fim de registrar a repulsa que sente ao ver uma cidade universitária que forma tantos profissionais e ao mesmo tempo mostra tanta falta de interesse em resolver um problema que já vem se alastrando por quase um ano. “Isso já virou uma vergonha. Quem está fazendo isso deve acreditar que matar os animais resolva algum tipo de problema. Na época do caos e das diversas mortes envolvendo cães e gatos, cheguei a ficar três meses sem trabalhar para me dedicar a salvar a vida deles. Na época atendi a mais de 600 animais, a maioria de rua. Nesta quinta, já recebi oito cachorros e confesso que fico com medo do que pode acontecer nos próximos dias”, afirmou o profissional.
Ainda segundo Miller, há boatos na cidade dizendo que um homem e uma mulher, em um carro prata e de vidros escuros, teriam jogado as carnes envenenadas nas ruas da cidade durante a madrugada. “Se há uma suspeita, deve ser investigada. O que eu e quase toda a cidade quer é que este mistério seja desvendado”, concluiu.
Indignação
Uma moradora da cidade, que preferiu não ter a
identidade revelada, falou com o G1 nesta tarde que até na
porta da casa dela havia carne envenenada. “Eu estou sentindo vergonha desta cidade. Acredito que estas pessoas
voltaram a agir porque tem certeza que ficarão impunes”, afirmou.
Ela ainda contou que soube de uma pessoa que teria passado mal e teve que ser hospitalizada depois que descobriu a morte do próprio animal de estimação. A reportagem chegou a entrar em contato com o hospital informado pela moradora, mas a dona do animal já tinha recebido alta.
Ela ainda contou que soube de uma pessoa que teria passado mal e teve que ser hospitalizada depois que descobriu a morte do próprio animal de estimação. A reportagem chegou a entrar em contato com o hospital informado pela moradora, mas a dona do animal já tinha recebido alta.
A indignação também atingiu as redes sociais e no grupo da Associação dos Defensores do Meio Ambiente
(Adama) vários participantes expuseram a opinião sobre o
assunto. Em uma das postagens, um dos membros da associação chegou a alertar a
população da cidade dizendo que “quem tiver animais de estimação e filhos
pequenos, que tome bastante cuidado, pois voltaram a jogar veneno dentro das
residências”.
Ouça a entrevista
que fizemos como o Sr Miller Mendes via Radio Inconfidência AM
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