Você conhece as estatísticas de que comer carne vermelha vai tirar alguns
anos de sua vida e você provavelmente também sabe sobre a gosma rosa (se não
sabe, eis aqui uma boa oportunidade!). Se, por algum motivo, você ainda está
hesitando, aqui estão sete razões pelas quais você pode querer pensar duas vezes
antes de comer sua próxima porção de carne, sendo todas elas produto da
exploração animal na indústria alimentícia. As informações são do Care2.
A lista abaixo esclarece que a indústria da carne é nojenta e absurda, mas
também é necessário entender que não há nenhuma justificativa para se comer
carne, mesmo aquela que não passou por processos industriais. O
sofrimento animal é indubitável em abatedouros e não há a
menor chance de se aprovar eticamente este abuso.
O que o artigo mostra são algumas consequências do próprio processo
industrial da carne que, além da crueldade característica, também injeta nos
animais abusados um número enorme de substâncias que nem mesmo são
divulgadas.
Superbactérias
Pensando em hambúrgueres de peru para o jantar esta noite? Você pode querer
pensar novamente.
Um relatório recentemente liberado da Administração de Comidas e Drogas
constatou que, de todo o peru cru moído testado, 81% estava contaminado com
bactérias resistentes aos antibióticos. E o peru moído não foi o único problema.
Estas bactérias foram encontradas em cerca de 69% de costeletas de porco, 55% de
carne moída e 39% de carne de frango.
Bactérias resistentes aos antibióticos são conhecidas como superbactérias. O
uso de antibióticos em explorações de fábrica, a fim de trazer os animais para
abate ou para compensar pelas condições de aglomeração em lotes de alimentação,
é uma das razões pelas quais a resistência aos antibióticos está em ascensão. Os
dados do governo revelaram que um tipo resistente aos antibióticos, um germe
chamado Enterococcus faecalis, normalmente encontrados nos intestinos humanos e
animais, foi predominante em uma grande variedade de carnes. Isto significa que
a carne provavelmente entrou em contato com matéria fecal e que existe uma alta
probabilidade de que outras bactérias resistentes aos antibióticos estejam na
carne também.
Ainda quer comer aquele hambúrguer?
Antibióticos
Antibióticos são usados em gado para fazê-los crescer mais rápido e para
prevenir doenças. Mais ou menos 13,6 mil toneladas de antibióticos foram
vendidos em 2011 para carnes e aves de produção em comparação com as 3,2 mil
vendidas para uso humano, de acordo com o Pew Charitable Trusts – e esse número
não para de aumentar.
Dr. Gail Hansen, um veterinário e diretor sênior para a Campanha sobre Saúde
Humana e Agricultura Industrial da Pew, acredita que o uso de antibióticos em
animais esteja fora de controle.
“Nós alimentamos antibióticos para animais doentes, o que é totalmente
apropriado, mas também colocamos antibióticos na sua alimentação e na água para
ajudá-los a crescer mais rápido e para compensar pelas condições
anti-higiênicas. Se você tem que manter os animais saudáveis com drogas, eu
diria que você precisa reexaminar o sistema. Você não toma antibióticos,
preventivamente, quando você sai para o mundo”, esclareceu Hansen.
Ainda quer o hambúrguer?
Produtos de limpeza
Os distritos escolares e os pais não tinham tido conhecimento de que cerca de
3,2 milhões de quilos de carne servidos em cantinas escolares vinham de pedaços
de carne varridos do chão e passado através de uma série de máquinas, que os
tritura em uma pasta, separa a gordura e passa a substância com amônia para
matar as bactérias, como salmonela e E. coli.
O produto final, conhecido como gosma rosa, ficava nojento. Os jatos de
amônia usados para matar a bactéria E. coli realmente enojou a todos.
Acontece que há também outro produto de limpeza usado na produção de carne.
Segundo o site MeatPoultry.com, “99 por cento dos processadores de aves
americanas” esfriam seus “pássaros por imersão em banhos resfriadores com água
clorada”.
Delícia.
Cola de carne
O que você acha que é um pedaço de carne, talvez um filé mignon, que muitas
vezes acaba por ser composta de pedaços de carne unida em conjunto com algo
comumente referido como “cola de carne.” Oficialmente conhecido como
“transglutaminase”, o produto tem suas origens na indústria agrícola, quando a
enzima natural era colhida do sangue animal. Hoje em dia, é produzida através da
fermentação de bactérias.
A Associação de Comidas e Drogas decidiu que cola de carne é “geralmente
reconhecida como segura”, e que é necessário ser listada como um dos
ingredientes. No entanto, é improvável que qualquer restaurante liste os
ingredientes de sua carne no menu.
Já pensou em ser vegetariano?
Produtos Químicos, pesticidas e metais pesados
Em 2010, a inspeção geral do Departamento da Agricultura condenou os EUA por
permitir que carne contendo pesticidas, metais pesados, medicamentos
veterinários e outros produtos químicos fossem para as prateleiras dos
supermercados. Isso porque os padrões dos Estados Unidos para testar a carne de
pesticidas e produtos químicos eram tão ruins que, em 2008, o México devolveu um
carregamento de carne americana, porque não satisfazia as suas normas de traços
de cobre.
Que tal um hambúrguer vegetariano?
Hormônios
Se tratando da carne exportada pelos Estados Unidos, é tão cheia de hormônios
que a União Europeia já disse que não a quer. O Comitê Científico da Comissão
Europeia sobre Medidas Veterinárias afirma que a produção de carne cheia de
hormônios dos EUA representa “um aumento nos riscos de câncer de mama e câncer
de próstata”, citando as taxas de câncer em países que comem e não comem carne
bovina dos EUA. Talvez você não saiba, mas os hormônios sintéticos zeranol,
acetato de trembolona e acetato de melengestrol fazem parte da rotina da receita
para a produção de carne bovina nos EUA.
Monóxido de carbono
Alguma vez você já se perguntou por que os bifes na prateleira do
supermercado são tão vermelhos? Isso porque, até 70 por cento das embalagens de
carne nas lojas são tratadas com monóxido de carbono para manter a cor vermelha
da carne (oximioglobina) para que ela não fique marrom ou cinza (metamioglobina)
através da exposição ao oxigênio.
Nota da Redação: Reforçando os primeiros parágrafos, não
há justificativa para o consumo da carne, mesmo fora da indústria alimentícia. A
vida do animal precisa ser levada tão a sério quanto a vida humana e o artigo
demonstra os resultados de toda a crueldade e objetificação nos processos
industriais. Este vídeo mostra como um boi, ao saber que será morto, tenta
fugir desesperadamente do abate, e nesta matéria publicada pela ANDA, podemos ver as reações das
pessoas ao presenciarem as situações de crueldade e brutalidade de um
matadouro.
Fonte: ANDA