segunda-feira, 31 de março de 2014

Toxoplasmose, a Culpa Não é do Gato.


O que é Toxoplasmose

É uma infecção parasitária causada por um protozoário, o Toxoplasma gondii.

O  Mito Sobre O Gato
Apenas 1% dos gatinhos transmite a toxoplasmose e, para isso, eles precisam estar doentes e, principalmente, na fase de eliminação dos oocistos. O gatinho contrai o toxoplasma quando come carne crua ou mal passada ou, ainda, se ele comer insetos, ratos, lagartixas que contenham cistos do protozoário. É importante saber que adquirir toxoplasmose de gatos é muito raro e o animalzinho não é a principal fonte de transmissão.

Geralmente, o gato que contraiu toxoplasmose, irá eliminar os oocistos (“ovinhos” do toxoplasma) apenas uma única vez e por apenas 15 dias durante toda a sua vida. Esta eliminação ocorre 10 dias após o gatinho ter sido infectado. Para que você se contamine com o toxoplasma, você precisa comer a forma infectante, que nada mais são que os ovinhos germinados presentes nas fezes do gato contaminado. Ou seja, você precisa que as fezes do gato tenham contato com sua boca. E tem mais, as fezes do gato infectado precisam ter contato com sua boca depois de 48 horas que o gato tenha defecado, caso contrário, os “ovinhos não germinam” e o ciclo não se completa!

Vale lembrar que os gatos são animais extremamente limpos. Eles têm o habito de enterrar seus dejetos e se limpar várias vezes ao dia. Estudos mostram que é impossível você contrair toxoplasmose beijando ou acariciando seu gatinho. Portanto, fique tranqüila!  Seu gatinho não lhe representa nenhum perigo! Ahhhh, já estava esquecendo, não se contrai toxoplasmose através da lambida, mordida ou arranhões de gato.

Pombos e Outros Animais
Os pombos também já levaram a culpa de transmitir toxoplasmose. Assim como os pombos, outros animais (rato, coelho, tartaruga, iguana, porquinho da índia etc.)  também são e foram perseguidos! Tanto os pombos como qualquer animal pode transmitir toxoplasmose. Para isso, é necessário que esses animais estejam infectados (com cistos de toxoplasma em seus tecidos corpóreos) e você coma a carne crua ou mal passada desses animais.

Portanto, se você não come pombos crus ou mal passados, fique tranqüila, eles não representam nenhum risco de lhe transmitir toxoplasmose.

Como Você Realmente se Infecta
Agora sim, a parte que ninguém fala, mas que é a mais importante!

As principais formas de contaminação ocorrem pela ingestão de carne crua ou mal passada e pela ingestão de legumes, verduras e frutas mal lavadas.

Não é a toa que a maior concentração de pessoas positivas para toxoplasmose do mundo está em Erechim/RS (onde o consumo de carne de porco é enorme). Depois de Erechim, podemos citar Portugal, onde é extremamente comum o consumo de embutidos.

A OMS estima que 50 a 60% da população mundial adulta está infectada com toxoplasmose. Isso se deve ao fato de terem tido contato com o toxoplasma. Não quer dizer que essas pessoas estão doentes. Elas apenas possuem anticorpos contra a doença. O problema ocorre em pessoas que estão fraquinhas (com o sistema imune deprimido). Nestes casos, os sintomas da toxoplasmose podem aparecer. Em pessoas saudáveis geralmente os sintomas não aparecem ou passam desapercebidos. Outra situação delicada é quando uma mulher nunca teve contato com o toxoplasma (soronegativa para toxoplasmose) e engravida. Principalmente, durante os 3 primeiros meses de gestação, se a mamãe se infectar e não tiver o tratamento adequado, pode ocorrer a transmissão do toxoplasma para o feto, acarretando problemas para ele. Portanto, se você é soropositiva e está grávida, não precisa se preocupar. Agora, se você é soronegativa, basta ter alguns cuidados, como veremos a seguir.

Resumindo
Por aqui já dá para entender que, para uma pessoa se contaminar através do gato, é necessário que o gato esteja realmente doente, eliminando os oocistos, a caixinha de areia esteja suja e sem limpar por, no mínimo 24 horas, e a pessoa mexa nas fezes e depois leve a mão suja à boca, ingerindo assim os oocistos esporulados do toxoplasma. Poxa... isso é um tanto quanto difícil de acontecer com pessoas com o mínimo de higiene, não é mesmo?

Se já sabemos como ocorre a contaminação, fica fácil evitar... Vamos lá:

Cuidados gerais
- Lave as mãos antes de comer ou beber;
- Lave as mãos após a manipulação de carne e alimentos;
- Não tome leite sem antes fervê-lo;
- Não tome água de origem desconhecida;
- Não coma carne crua ou mal passada e nem verdura, legumes e frutas mal lavados;
- Não coma embutidos não fiscalizados, de procedência duvidosa;
- Use luvas ao limpar a caixa sanitária de gatos e/ou quando for mexer com jardinagem;
- Se você for vegetariano, já não precisa se preocupar com carnes cruas ou mal passadas, mas tenha muita atenção nas frutas, legumes e verduras bem lavadas.

Cuidados com o gatinho
- Não o alimente com carne crua ou mal passada;
- Limpe a caixa sanitária 2x ao dia;
- Desinfete a caixa sanitária e a pá com água fervendo por 5 minutos diariamente (se o gatinho estiver doente);
- Evite que seu gatinho tenha acesso à rua (assim evita que ele cace ratinhos, baratas, lagartixas ou então que ele coma alimentos duvidosos);
- Mantenha seu gatinho vacinado e vermifugado;
- Leve seu gatinho frequentemente ao veterinário.

Cuidados com outros animais
- Estoque alimentos e ração adequadamente evitando o acesso de insetos (insetos podem “carregar” o oocisto esporulado até a ração. Se o animal ingerir a ração contaminada ele irá se infectar com o toxoplasma).

Portanto eu Repito em Alto e Bom Tom

SEJA FELIZ COM SEU GATINHO, ELE DEFINITIVAMENTE NÃO REPRESENTA NENHUM PERIGO PARA VOCÊ, POIS BEIJÁ-LO, ABRAÇÁ-LO, ACARICIÁ-LO, BRINCAR E DORMIR COM ELE NÃO TRANSMITE TOXOPLASMOSE.

Dra. Gabriela Toledo, Médica Veterinária
CRMV-SP 28.659
Presidente da PEA www.pea.org.br
Gestante de 5 meses em 09/12/11

Após a morte, animais são fotografados como se estivessem dormindo.


Fotógrafo tenta ajudar donos a lidar com a perda dos bichos.

Um fotógrafo turco criou uma maneira de usar seu trabalho para ajudar donos de animais de estimação que morreram a lidar com essa perda.







Foto: Reprodução/ Daily Mail 

Carrapatos podem ser os principais inimigos dos seus cães.


Carrapatos são aracnídeos parasitas que se alimentam do sangue dos seus hospedeiros, podendo causar uma variedade de doenças às mais diversificadas espécies. Com auxílio de pesquisa do livro “Primeiros socorros para cães e Gatos”, de Amy D. Shojai, a equipe de reportagem do Notícia Animal aborda as principais mazelas transmitidas por carrapatos aos cães de estimação.

Babesiose - No Brasil esta doença é endêmica no Nordeste, sendo relatados poucos casos dos estados do Sul e Sudeste. É caracterizada por uma febre elevada e severa anemia, tornando o animal extremamente apático. Danifica o fígado, os rins e o baço, além da possibilidade de lesões neurológicas. Sem o tratamento adequado, os cães podem vir a óbito em até quatro dias após a contaminação.

Erliquiose - Trata-se de uma doença de sintomas clínicos variados, destacando-se febre elevada e hemorragia nasal. A supressão do sistema imunológico dos animais contaminados pode levar a complicações secundárias que agravam o quadro clínico. São relatados casos dessa doença em todas as regiões do Brasil.

Doença de Lyme -
É a doença transmitida por carrapatos mais comum nos Estados Unidos, mas no Brasil apresentaram-se focos somente em São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Norte. Animais contaminados geralmente mancam, ficam apáticos e apresentam febre alta. Casos associados de erupções na pele também podem ocorrer.

Febre maculosa - É caracterizada por febre alta, rigidez, dificuldade respiratória, vômito, diarreia, inchaço na pata e no focinho, sangramento no nariz, na urina e nas fezes. É uma doença grave que pode causar óbito. No Brasil, os principais focos são: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Pernambuco.

Paralisia do carrapato - Está associada a uma neurotoxina presente na saliva do carrapato que gradativamente paralisa o cão em um período de 48 a 72 horas. Com a remoção dos parasitas a paralisia pode ser revertida.

A prevenção é o melhor remédio -
Importante ressaltar que o controle de carrapatos no ambiente onde seu melhor amigo mora, é a forma mais adequada de evitar a contaminação de qualquer doença acima relatada.

Recomenda-se frequente higienização do local e do animal, além do uso de carrapaticidas, conforme recomendações de um médico veterinário. O profissional deve ser consultado também no caso de qualquer sintoma apresentado pelo seu pet, caso ele apresente carrapatos. Lembre-se: Basta apenas UM carrapato contaminado para que a doença se manifeste e apenas um profissional capacitado pode diagnosticar e tratar o seu cachorro de estimação.

Fotografia: Arquivo Notícia Animal

Minas Gerais poderá ter um código de proteção animal.

Minas Gerais poderá ganhar um Código de Proteção Animal. Este é o objetivo da série de audiências realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) sobre a questão animal. A última delas aconteceu nessa terça-feira (25) e contou com diversas autoridades sobre o assunto, entre entidades protetoras e conselhos veterinários. Daqui a 15 dias, uma nova audiência sobre o tema está marcada e, dentro desse intervalo de 15 dias, outras duas ainda acontecerão até que a comissão chegue a uma conclusão.

O tema desta terça foi a guarda responsável de animais domésticos e o controle populacional de cães e gatos. A coordenadora do Grupo Especial de Defesa da Fauna do Ministério Público (MP), Lilian Marotta, que têm acompanhado as reuniões, informou que a falta de uma política pública de proteção animal dificulta até mesmo o trabalho da MP que, frequentemente, recebe denúncias de maus-tratos.

Segundo ela, o objetivo é unificar todos os projetos existentes sobre a questão animal e criar, assim, um Código que contemple as questões envolvidas. “A ideia é estimular o poder público a cumprir os preceitos constitucionais, já que na Constituição, há uma cláusula sobre a proteção animal. No entanto, para fazer a lei vale, é preciso que a sociedade busque essa regulamentação em nível estadual”, disse.

De acordo com o deputado Célio Moreira, presidente da Comissão, ao todo, são 32 os projetos de lei que tramitam na casa sobre a proteção animal. “Resolvemos discutir esses projetos e depois apresentar um relatório e cobrar do Estado políticas públicas. Também é preciso que haja recursos para que essas políticas sejam implementadas. Atualmente, a cidade conta com 200 mil animais abandonados pelas ruas”, disse.

A criação de um Hospital Público Veterinário, a castração facilitada e gratuita dos animais – o serviço pode ser feito pela prefeitura, mas o tempo mínimo de espera, geralmente, é de 6 meses -, a reestruturação dos centros de zoonoses e uma alternativa a eles para abrigar os animais, são ideias que têm sido debatidas nas audiências e podem ser incluídas no Código de Proteção Animal.

Fonte: O Tempo

Corpo humano artificial pode acabar com testes em animais.


Um grupo de cientistas está perto de desenvolver uma miniatura de corpo humano artificial.

Um grupo de cientistas liderado por Rashi Iyer no Laboratório Nacional de Los Alamos, nos Estados Unidos, está perto de finalizar um corpo humano artificial para realizar testes de toxinas que atualmente são feitos em animais.

O projeto da iniciativa Athena, “Advanced Tissue-engineered Human Ectypal Network Analyzer” (Reprodução de Tecido Humano Avançado em Rede de Análise, em tradução livre) é composto por um fígado sintético, coração, pulmão e rim que têm aproximadamente o tamanho de uma tela de smartphone e funcionam como os órgãos humanos. No futuro, os cientistas querem que o corpo seja mais completo: conectado por vasos sanguíneos e revestido por tecidos orgânicos, como se fosse uma pessoa real. O objetivo é ter um pulmão que respire, um coração que bombeie, um fígado que metabolize e um rim que excrete — tudo isso ligado a uma estrutura de tubulação semelhante a vasos sanguíneos conectando os órgãos.

O uso de sistemas que simulam órgãos e reações químicas por chips já é usado para imitar órgãos individuais, mas a diferença é que o projeto Athena usa criações sintéticas conectadas. Com isso, é possível ver como alguns medicamentos afetam o organismo como um todo, e não fazer apenas testes para regiões específicas do corpo.

Infelizmente o projeto ainda não está salvando beagles e outros animais explorados em testes de produtos farmacêuticos, mas promete ser um bom método para o futuro.

Fonte:  Info Exame