terça-feira, 24 de setembro de 2013

Animais sentem dor, medo, felicidade, frustração e tantos outros sentimentos.



Estudos demonstram que animais têm consciência e colaboram com luta por direitos.

                                           Já é fato sabido que macacos de reconhecem em frente ao espelho (Foto: Reprodução)

Atualmente a ciência vem comprovando algo que já está sendo discutido há anos: os animais não humanos também tem consciência de si, do mundo ao redor e também sentem dor. De macacos, golfinho a papagaios, polvos e moscas, todos eles conseguem perceber a si mesmos num ambiente, todos eles sentem medo, felicidade, frustração e tantos outros sentimentos que sempre foram designados como exclusivamente humanos, e sentem dor, segundo as pesquisas de renomados cientistas de Harvard, MIT, Princeton e do Instituto Max Planck. As informações são da Galileu.

As consequências de tal conclusão é um passo enorme para a luta pelos direitos dos animais, já que iguala o status dos animais não humanos com os animais humanos. Não há, então, justificativa plausível para levar dor a qualquer animal ou para desconsiderar seu valor moral intrínseco.

Um dos animais que ajudou a chegar a esta conclusão foi o papagaio Alex.

Alex, que tinha como tutora e neurocientista Irene Peppenberg, foi um grande exemplo por conseguir entender os conceitos de “maior” e “menor”, por decorar mais de 100 palavras e, de maneira surpreendente, por conseguir articular os conceitos e sílabas das palavras para formas novas. O neologismo foi a prova de que Alex possuía uma consciência capaz de resolver problemas lógicos.

                                                                                               Foto: Reprodução/Folha

Em sua “experiência” crucial, Irene apresentou a imagem de uma banana e o nome da fruta para o papagaio, que logo o decorou. Em seguida apresentou a imagem de uma cereja e disse-lhe seu nome, da mesma maneira ele prontamente decorou. Foi então que a cientista lhe mostrou a imagem de uma maça e perguntou-lhe o nome da fruta. O papagaio sugeriu “banerry” (uma mistura de Banana + Cherry, cereja em inglês. Algo como “baneja”, se traduzido). Como a maçã é branca por dentro, ele associou com a Banana e, como ela é vermelha por fora, ele associou com a cereja.

Já Bruno van Swinderen demonstrou que a Drosophila melanogaster, a mosca-de-fruta, tem atenção seletiva. Ela prende sua atenção de maneira seletiva, o que requer comportamentos cerebrais mais complexos e exige níveis de consciência. Até mesmo polvos demonstraram ter um certo nível de consciência ao se comportarem de maneira diferenciada para imagens de seus predadores e imagens de suas presas, indicando um “sofisticado circuito neural no cérebro”, segundo o pesquisador David Edelman.

Como tratamos os outros animais?

Com estas conclusões, fica cada vez mais difícil admitir que o tratamento dado pelos humanos aos outros animais é legítimo. Dizer que animais podem ser produzidos em escala industrial para consumo humano, ou que podem ser superalimentados para a fabricação de patês, não parece mais ser justificado pela suposta falta de consciência dos animais.

Além da questão da consciência, os animais merecem respeito, também, por serem passíveis de sentir dor. Eles têm interesse próprio, querem viver. Este interesse precisa ser respeitado.
O escritor Jonathan Safran Foer dedicou três anos para pesquisar em documentos, revistas, livros e estatísticas, além de ter ido ver com os próprios olhos dentro de fazendas e granjas como era o tratamento dado pela indústria alimentícia aos animais. Os animais, sejam eles quais forem, morrem de maneira brutal, com pancadas na cabeça, pauladas em fêmeas grávidas, surras para “bom comportamento” (para a submissão do animal aos criadores) e alguns retiram a pele dos animais ainda vivos e de maneira sádica.
No aspecto prático, resta conseguir direitos plenos para os animais, de modo que não sejam tratados como propriedade ou mercadoria e que, assim, não sejam objeto de exploração econômica, como em circos, no cinema, em zoológicos e na indústria alimentícia. Apesar de pouco ser, de fato, concluído sobre o assunto, ativistas do mundo inteiro agem para denunciar e discutir as relações de humanos e animais não humanos.
No Brasil, em São Roque (SP), manifestantes protestaram contra o uso de cachorros em experiências de produtos farmacêuticos; já no Peru, ativistas denunciaram a “Festa do gato”, que promove a matança e consumo de gatos; no Chile, ativistas invadiram um rodeio e foram agredidos pelos participantes; e na Bolívia, manifestantes protestaram em frente à ONG que promove seminários para a realização de experiências com animais. Todos estes manifestantes têm lutado pelos direitos dos animais e precisam ser ouvidos.

Reconhecer a consciência em animais não humanos foi um passo importante, mas sendo consciente ou não de sua própria existência e do mundo ao redor, os animais ainda precisariam de respeito pleno e reconhecimento de sua alteridade, portanto, um tratamento que não os reduzissem a uma mercadoria (um que nem mesmo os colocassem em tal categoria).

Fonte: ANDA

Diretor de parque ecológico mata pato a pauladas para comer em Contagem (MG).


O diretor do Parque Ecológico do Eldorado, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, é suspeito de ter matado, a pauladas, um pato que vivia na instituição. Washington Luiz Reis, conhecido como Tô do Rango, teria cometido a crueldade no último dia 13/09/13, segundo a ambientalista e conselheira municipal de Meio Ambiente de Contagem, Cecília Rute de Andrade. De acordo com ela, depois de matar o animal, ele o comeu.

                                                                                                             (Foto: O tempo)

“Ele (Reis) pegou um pedaço de pau e deu vários golpes no pato, na frente de funcionários, pais e até crianças, que estavam aproveitando um dia de sol em meio à natureza”, contou Cecília.

Tô do Rango, que já foi candidato a vereador na cidade e teria ganhado o apelido por vender comida em frente a uma escola, teria preparado o pato e comido sozinho, ainda na área de preservação. “As pessoas ficaram chocadas e denunciaram o caso à Secretaria de Meio Ambiente, levando inclusive fotos”, lembrou.
Ainda segundo a ambientalista, o parque foi construído com o objetivo de promover educação ambiental para as crianças do ensino público e para ser uma área de lazer na região.

“O diretor de um local por onde passam mais de 3.000 crianças por mês mata um animal a pauladas, sem se preocupar? Não é uma pessoa preparada para fazer isso. E ele já espalhou para moradores o boato de que foi afastado só até a ‘poeira baixar’ e que vai voltar ao cargo na próxima segunda-feira”, disse.

Fonte: O Tempo

Moradores que ajudarem animais ganharão redução de impostos em Resende (RJ).



Com a intenção de capacitar recursos – públicos e privados – e, ao mesmo tempo, criar medidas que garantam a proteção dos animais do município, a prefeitura de Resende, criou o Programa Municipal de Incentivo ao Bem Estar Animal. A iniciativa pretende conceder às pessoas físicas e jurídicas, incentivos fiscais que serão utilizados no pagamento de tributos e redução de impostos.
De acordo com o secretário de Governo, José Antônio de Carvalho Pinto, toda pessoa que more no município há 18 anos ou empresas que não estiverem em débito com as fazendas federal, estadual e municipal, poderão participar do projeto e assim garantir redução nos tributos de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza).
                                                           Aqueles que ajudarem os animais abandonados receberão incentivos fiscais
                                                                                            (Foto: Reprodução Internet)
“Nossa proposta, que será focada naqueles que estiverem com obrigações em dia, pretende criar redução de 50% do valor dos impostos de IPTU E ISQN para todos os moradores ou empresas que destinarem ou apoiarem projetos de bons tratos para os animais domésticos e abandonados do município”, explicou.
Ainda de acordo com José Antônio, todos os certificados só serão emitidos após uma avaliação da Comissão Interdisciplinar de Avaliação e Concessão (Ciac). “Para que as normas do programa atinjam o foco principal, a Ciac irá avaliar todas as pessoas ou empresas participantes do projeto para que fiquem dentro das estimativas de não ultrapassar o montante de 0,50% da arrecadação da receita anual de impostos do município”, afirma.
Sobre os certificados, o secretário reforçou que os documentos são considerados títulos nominais e qualquer transgressão por parte dos beneficiados implicará em sanções decorrentes da lei.
” Os certificados dos participantes terão duração de dois anos e serão considerados títulos nominais. Em caso de estarem sendo utilizados por outras pessoas ou empresas, isso implicará em ato inflacionário com sanções decorrentes da lei”,  revelou.
Destino do incentivo
Além de não poder ocorrer transferências do incentivo, o programa municipal também não poderá destinar seus recursos para despesas de manutenção administrativa ou pessoal.
“Mediante a apresentação do real destino de seu projeto ou até do incentivo em ajudar alguma instituição que cuide de animais no município, o programa irá beneficiar até 90% do custo total de cada projeto comprovado”, revelou José Antônio.
O secretário enfatizou que algumas modalidades poderão ganhar maior ênfase nos destinos de verbas viabilizadas pelo projeto: “as modalidades de abrigo para cães e gatos, resgate e captura de animais de grande porte e procedimentos cirúrgicos de animais de qualquer espécie receberão nossa atenção especial na redução dos impostos”, adianta.
Fonte: Diário do Vale

Minas Gerais cria projeto para reduzir atropelamento de animais.



O “Projeto Atropelados” realizado em Uberaba tem dados que comprovam uma situação perigosa nas rodovias: o atropelamento de animais. O estudo, que durou dois anos, registrou a média de 120 animais atropelados por ano. E para evitar essa situação, especialistas sugerem medidas como educação ambiental.

                                                                                            (Foto: Reprodução Google)

Segundo o coordenador do projeto, Rafael Ferraz, os números de animais atropelados levados em conta são apenas dos visualizados durante o monitoramento.

“O projeto monitorou duas rodovias da região por dois anos: a MG-427 que liga Uberaba à Nova Ponte e BR-050 que liga Uberaba à Uberlândia. A escolha dessas rodovias se deu pelas características próprias. Enquanto a MG-427 é uma rodovia de pista simples sem muros de proteção com muitos trechos em curva, a BR-050 é uma rodovia de pista dupla composta principalmente por retas longas.
Na primeira rodovia citada, a paisagem de entorno é característico do cerradão, enquanto a segunda possui também áreas de buritizais, influenciando bastante na diversidade de espécies.” explica o coordenador Rafael Ferraz.
                                                                                            (Foto: reprodução Google)

Ainda segundo o coordenador do projeto, há diferença entre os tipos de animais atropelados em cada rodovia que corta Uberaba. “Na MG-427, as aves e mamíferos correspondem a 45% dos atropelamentos, cada. Já na BR-050, os mamíferos somam mais de 70% dos casos de atropelamento. Um ponto importante na região é a questão do transporte de grãos: os caminhões acabam vazando grande quantidade de sementes que atraem aves e mamíferos, que acabam atraindo outros animais, gerando um ciclo sem fim.” diz Rafael.

A lista das espécies atropeladas inclui na grande maioria animais silvestres.

“Na nossa região, o animal mais atropelado é o Tatupeba, animal símbolo do projeto. Isso ocorre porque esta espécie opta por usar os acostamentos para construir suas tocas, bem como para se alimentar. Assim, se torna vítima rotineira dos atropelamentos. Porém, algumas espécies de grande importância conservacionista têm alcançado números críticos de atropelamento. Para se ter ideia, na região, mais de 20 exemplares de tamanduá-bandeira são atropelados todos os anos. Esses valores são semelhantes para outras espécies como lobo-guará, cachorro-do-mato, entre outros.” conclui.
                                                                                              (Foto: Reprodução Google)

Atendimento
Claudio Yudi, veterinário do Hospital Veterinário de Uberaba (HVU), diz que entre dez animais atropelados que são levados até o hospital, seis morrem, dois sofrem mutilação e dois sobrevivem sem sequelas.
“No dia 8 deste mês, tivemos um caso de um lobo-guará. O animal foi encaminhado pelo Corpo de Bombeiros e, provavelmente, sofreu uma batida na cabeça. Fizemos os primeiros atendimentos, mas  infelizmente ele morreu no dia seguinte. Casos assim são comuns de acontecer na nossa região”, cita o veterinário.

Devido ao perigo para os motoristas e animais, Rafael Ferraz apresenta exemplos que podem ser adotados para amenizar a situação. Segundo ele, a educação ambiental, como evitar jogar lixo nos acostamentos, é de grande importância, já que ajuda na preservação da fauna.

“Quando falamos das medidas mitigatórias (medidas para reduzir riscos), a instalação de placas sinalizadoras de passagem de fauna, os radares, as zoopassagens e as cercas são as alternativas mais usadas em todo o mundo. Porém, novas alternativas têm surgido. Em Prata, no Triângulo Mineiro, pesquisadores já buscam a instalação de sensores de infravermelho que acionam luzes sobre o trecho em que o animal está, alertando tanto o motorista quanto informando ao animal uma espécie de faixa de pedestres” conclui Rafael.

Fonte: G!