terça-feira, 3 de junho de 2014

Conheça a história de Jack, o chimpanzé que viveu 14 anos de tortura e solidão.


                                                                                                 Foto: Divulgação

Ele já nasceu num laboratório de experiências, o Instituto de Estudos em Primatas de Norman, Estado de Oklahoma, em novembro de 1980. Lá moravam seus pais, Vanessa e Ali, parentes de outro notório chimpanzé – Nim Chimpsky, que deu origem ao documentário Projeto Nim, veiculado recentemente pela TV.

Ainda bebê, foi emprestado a um circo, onde foi treinado para andar num triciclo. Quando já era forte demais para trabalhar diante do público, em agosto de 1989, foi enviado a um dos piores centros de tortura médica da América do Norte, a Fundação Coulston, no Estado do Novo México. Apesar de existir um acordo escrito à mão de que só seria usado como reprodutor, e não torturado, foi incorporado em cinco estudos de pesquisas invasivas diversas.

Ficou 14 anos sendo torturado num calabouço solitário, sem ver a luz, sem ter um brinquedo nem um companheiro. Quando tomou posse daquele centro de torturas, que quebrou, a Dra. Carole Noon o encontrou em seu isolamento e não conseguiu conter as lágrimas, ante um ser tão sacrificado.

Ela o levou para seu Santuário, em Fort Pierce, Flórida (Save the Chimps), onde o integrou num grupo e ele conseguiu desfrutar os últimos 12 anos de sua vida, rodeado de amigos e de sua filha adotiva, Chelsea, a quem amava.

Jack adorava ter cobertores, muitos deles. Durante 14 anos no cruel, frio e cimentado centro de tortura, nunca teve um. Porém, Jack não guardava ódio dos humanos. Tentou esquecer aquele passado tenebroso e curtir seu novo destino, numa ilha que lhe permitia brincar, correr, pisar na grama e receber o sol em seu corpo torturado por 14 anos de biópsias, inoculações e dores inimagináveis.
Dias atrás, quando estava sendo servido seu almoço, por sua amada tratadora Amber, na companhia de suas amigas chimpanzés, Anna e J. R., caiu fulminado por um ataque cardíaco.

Em memória desse extraordinário chimpanzé, morto prematuramente aos 33 anos de idade, após sofrimentos em vida indizíveis, devemos ter o compromisso de que, em hipótese nenhuma, um grande símio possa ser mais usado para desenvolver remédios para raça humana.

Fonte: Projeto GAP

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